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UNIMED RECIFE III
1º hospital digital da América Latina? Temos
Publicada em 17/01/2017, por Lílian Coêlho
Fonte: Diario de Pernambuco
O Recife tem o primeiro hospital digital da América Latina. A certificação que valida esse título foi conquistada na última semana pelo Unimed Recife III, inaugurado em 2011 na Ilha do Leite. Agora com o nível sete da Healthcare Information and Management Systems Society (Himss), a unidade trabalha, hoje, com 98% de seus prontuários feitos eletronicamente, ou seja, o hospital praticamente não usa papel em seus atendimentos e encaminhamentos. Tudo dentro da unidade é digitalizado e os dados de cada paciente são compartilhados com todos os setores. Para garantir o título , além dos prontuários, o hospital também precisou integrar os sistemas e os equipamentos ao relatório individual de cada paciente, além de adotar protocolos médicos específicos. O investimento com a digitalização foi de R$ 1,3 milhão. Porém, a economia apenas em 2016 já chega a R$ 4,8 milhões (descontando o valor investido).
Para Fernando Cruz, diretor médico do Hospital Unimed Recife III, o maior ganho é na segurança do paciente, que tem um monitoramento direto e ininterrupto e com menores falhas de seu histórico, seus exames, seus sinais vitais e de suas medicações. “Com a conferência digital da medicação, eliminamos as chances de uma morte por erro na hora de ministrar o remédio, por exemplo”, ressalta. Outro ganho para os pacientes, segundo o médico, diz respeito ao tempo de permanência no hospital, que foi reduzido. “Em alguns casos, o tempo reduzido é de quase 50%”, considera Cruz. E ele ressalta que os protocolos adotados para a certificação também oferecem uma melhoria nos padrões de atendimento. “Todas as modificações realizadas para digitalizar o hospital só aumentam a qualidade do atendimento”, reforça.
Em 2017, o gestor afirma que o investimento em tecnologia vai continuar e que a meta agora será ampliar a interoperabilidade, que é a portabilidade do prontuário eletrônico do paciente. Ela permite que os dados de um paciente atendido no hospital possam ser acessados de estabelecimentos de saúde em São Paulo, por exemplo. “Estamos focando nisso porque acreditamos que é um acréscimo ao dia a dia dos pacientes e à sua saúde. Isso permite que o próprio paciente tenha seu prontuário e seu histórico em seu celular. É o futuro”, completa.
Maria de Lourdes Araújo, presidente da Unimed Recife, concorda com a importância dos avanços, mas ressalta que o médico e o contato pessoal nunca deixarão de ser essensial nos tratamentos e atendimentos da rede. “Nada substitui uma conversa olho no olho, um exame clínico, um acompanhamento. Queremos dar maior comodidade e segurança aos processos internos, mas sem deixar o calor humano de lado.” A empresa responsável pela digitalização da unidade foi a MV Sistemas, cuja sede é em Pernambuco.
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